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Portas da Tesla levantam preocupações após acidentes

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Portas da Tesla levantam preocupações após acidentes

Um acidente em dezembro de 2023, nos Estados Unidos, reacendeu o debate sobre a segurança das portas dos veículos da Tesla em situações de emergência. O caso envolveu um Model Y que colidiu contra um poste e pegou fogo em uma avenida movimentada no estado da Virgínia.

O incêndio chamou a atenção de Max Walsh, bombeiro de folga que passava pelo local. Ele conseguiu quebrar o vidro do veículo e retirar o motorista, mas enfrentou dificuldades para encontrar o mecanismo manual de abertura da porta, que não funcionava após a pane elétrica causada pela colisão. A passageira, no entanto, ficou presa até a chegada dos socorristas e sofreu queimaduras graves e danos permanentes nos pulmões devido à inalação de fumaça.

Projetos que dificultam o resgate

A Tesla, liderada por Elon Musk, construiu sua imagem em torno de design inovador, eficiência e recordes de segurança em testes de colisão. No entanto, as soluções de design, como maçanetas embutidas, portas totalmente elétricas e liberações mecânicas pouco intuitivas, têm gerado críticas.

(Imagem: miss.cabul/Shutterstock)

Especialistas afirmam que, após acidentes, cada segundo é crucial para retirar ocupantes de veículos em chamas. Mas a combinação entre portas automatizadas e a dificuldade em localizar os mecanismos de emergência pode transformar uma batida em uma corrida contra o tempo.

Incidentes recorrentes

O caso da Virgínia não foi isolado. Em novembro de 2023, três estudantes universitários morreram em um Cybertruck que bateu e pegou fogo na Califórnia, enquanto em Wisconsin, um Model S incendiado deixou cinco mortos, com indícios de que os ocupantes tentaram escapar sem sucesso. Já em Los Angeles, um jogador de basquete sobreviveu apenas porque conseguiu chutar o vidro e ser retirado por pessoas que estavam próximas.

Autoridades em diferentes países discutem medidas para reduzir os riscos. Na China, reguladores estudam proibir maçanetas totalmente ocultas, enquanto a Europa tem adotado ajustes graduais em protocolos de resgate. Nos Estados Unidos, por outro lado, ainda não houve ações concretas. A agência de segurança veicular (NHTSA) informou à Bloomberg que acompanha os casos e recebeu reclamações relacionadas ao tema.

botão porta tesla model y
Tesla utiliza botões para abertura de portas, que podem parar de funcionar em casos de colisões (Imagem: Florenc.Elezi / Shutterstock.com)

A evolução do design

Desde o lançamento do Model S em 2012, a Tesla aposta em superfícies lisas para melhorar a aerodinâmica e reduzir ruídos. Esse estilo, entretanto, limitou o espaço para mecanismos tradicionais de portas e maçanetas. Como solução, a empresa adotou cabos internos de liberação e, mais recentemente, botões eletrônicos — como no Cybertruck, que não possui maçanetas externas.

O problema, segundo manuais da própria companhia, é que a posição dos mecanismos de liberação varia conforme o modelo. No Model S, os cabos ficam escondidos sob o carpete diante dos bancos traseiros. Já no Model 3, versões fabricadas entre 2017 e 2023 não contavam com liberação manual nas portas traseiras. Situação semelhante ocorreu no Model Y, entre 2020 e 2024, período em que o SUV figurou entre os carros mais vendidos do mundo.

Tesla Cybertruck ao lado de uma placa vermelha com o logo da Tesla
Cybertruck não possui maçanetas externas (Imagem: Jonathan Weiss/Shutterstock)

Críticas de especialistas

Para analistas de ergonomia e segurança, a aposta em automação excessiva comprometeu aspectos práticos fundamentais em emergências. “Os engenheiros da Tesla foram longe demais na automação e esqueceram do que acontece com o corpo humano após um acidente”, afirmou Charles Mauro, fundador da Mauro Usability Science, em entrevista à Bloomberg.

Segundo ele, a visão de Elon Musk de transformar o carro em um “computador sobre rodas” acabou deixando de lado a questão essencial: a rapidez para sair do veículo após uma batida.

Fonte Original | Notícias – Olhar Digital

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