Entenda por que milhares de pessoas estão há três dias sem energia em SP

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Chuva em SP

Ao menos 537 mil imóveis da capital paulista e cidades da Grande São Paulo ainda continuavam sem energia elétrica até as 05h40min desta segunda-feira (14), informou a Enel. O fato acontece após um forte temporal que atingiu cerca de 98 municípios na última sexta-feira (11), deixando sete mortos, segundo a Defesa Civil. Com informações do g1.

Além das chuvas intensas, o Estado registrou fortes rajadas de ventos que chegaram a 107 km/h, considerada a maior velocidade já registrada na história da Defesa Civil. O último registro do órgão era do dia 3 de novembro de 2023, quando os ventos na região metropolitana chegaram a aproximadamente 103,7 km/h.

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Segundo a Enel, a empresa reforçou as equipes em campo após o forte vendaval, com técnicos do Rio e do Ceará para ajudar com os serviços. Ainda nesta segunda-feira, cerca de 1,5 milhões de clientes tiveram o serviço normalizado e “a companhia segue trabalhando para restabelecer o fornecimento para 537 mil clientes impactados”, informou a empresa em nota.

Ao g1, moradores relataram que estavam a mais de 17 horas no escuro. De acordo com as pessoas afetadas pelos vendavais, havia muita dificuldade para falar com a Enel e para ter uma previsão de restabelecimento da energia elétrica. O presidente da empresa afirmou que a central telefônica recebeu mais de 1 milhão de chamados na noite de sexta-feira.

Segundo o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, a Enel não cumpriu o plano de contingência para eventos climáticos extremos e colocou menos funcionários em campo do que o esperado após a tempestade que atingiu São Paulo.

— A percepção que nós temos a respeito da recuperação do serviço é que ela [Enel] de fato não tem atendido todas as expectativas com relação ao ano passado. Claro que esses números precisam ser melhor decurados, porque agora temos uma quantidade de consumidores muito grande, que estão interrompidos em função do evento. E há outros consumidores que tem ausência do seu serviço por questões da rotina diária do serviço de distribuição — afirmou Feitosa em coletiva de imprensa neste domingo (13).

Veja os estragos causados pela chuva

Veja as regiões que ainda estão sem luz em SP

  • São Paulo: 354 mil imóveis
  • Cotia: 36,9mil imóveis
  • Taboão da Serra: 32,7 mil imóveis
  • São Bernardo do Campo: 38,1 mil imóveis

Falta de luz afetou a distribuição de água

A falta de energia elétrica generalizada na Grande São Paulo após a tempestade afetou a distribuição de água em algumas regiões de São Paulo, São Bernardo do Campo, São Caetano, Santo André, Carapicuíba, Mauá, Cotia e Barueri, informou a Sabesp.

Ao menos 16 estações elevatórias (equipamentos que transportam água para níveis geográficos mais elevados) foram prejudicadas. A concessionária de energia foi acionada pela Sabesp, que orientou o uso consciente da água armazenada nas caixas residenciais aos moradores.

Chuva deixou sete mortos

Sete pessoas morreram no estado de São Paulo em virtude das fortes chuvas. Três delas em Bauru, no interior, e quatro na Região Metropolitana. Uma das vítimas é um homem que trabalhava em uma feira montada em um condomínio na Zona Sul, atingido por uma árvore que voou com a forte ventania. Segundo os moradores que estavam no local, o trabalhador não conseguiu correr a tempo e morreu. Veja os locais com óbitos registrados:

  • Bauru: três mortes após queda de muro;
  • São Paulo: uma morte após queda de árvore no bairro Campo Limpo;
  • Diadema: uma morte após queda de árvore;
  • Cotia: duas mortes após queda de muro.

Fonte Original | NSC Total