Muito se tem falado do “amadorismo puro” nas Olimpíadas. Afinal, até 1984, quando os primeiros atletas profissionais foram admitidos nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, as competições eram disputadas obrigatoriamente entre amadores. Hoje, não há mais nenhum tipo de restrição para os atletas, exceto uma: pertencer à espécie Homo sapiens.
Embora alguns esportes demandem uma coordenação motora fina, na qual os seres humanos são insuperáveis, não deixa de ser curiosa a possibilidade de um elefante disputar uma partida de tênis, ou um polvo disputar tênis de mesa com uma raquete em cada tentáculo. Mas daí a acertar a bolinha vai um grande passo.
Por isso, citamos abaixo possíveis ganhadores não humanos de medalhas de ouro
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ToggleCorrida de Velocidade: Guepardo
Maior velocista do reino animal, o guepardo (Acinonyx jubatus) atinge facilmente a marca de 110 km/h. Isso significa que, em uma competição direta com o humano mais rápido, o felino africano cruzaria a linha de chegada antes que o jamaicano Usain Bolt, com seu recorde de 37,58 km/h, estivesse sequer na metade do percurso.
Porém, no caso de corridas com distâncias maiores, os humanos poderiam tentar competir. Em uma tradicional maratona, realizada periodicamente na cidade de Llanwrtyd Wells, no País de Gales, com percurso de 35 quilômetros (7 km a menos do que a prova olímpica), o homem conseguiu derrotar o animal em pelo menos duas oportunidades: 2004 e 2023.
Natação: tubarão-branco
Embora a água não seja definitivamente o nosso elemento, poderíamos ter chance em modalidades que alguns animais não conseguiram nos acompanhar, como os medleys e o nado borboleta (nem as próprias borboletas dariam conta). É possível que, no nado peito, algumas rãs se qualificassem, mas jamais suportariam o cloro da água da piscina.
Já no nado livre, ninguém superaria o tubarão-branco (Carcharodon carcharias) que, além de extremamente ágeis na água, atingem uma velocidade de até 56 km/h. Isso deixa o atual recordista mundial dos 100m livre, Zhanle Pan, com seus 46,80 segundos (7,69 km/h), como um verdadeiro “barbatana de chumbo”. Um pinguim-gentoo levaria a prata, com 35 km/h.
Boxe: canguru?
Quando pensamos em animais competindo com humanos, é muito comum pensarmos que os cangurus, pela sua arrogância lutadora, possam ser exímios boxeadores. A ideia é reforçada por algumas lutas cenográficas encenadas entre as duas espécies, no contexto humorístico ou de habilidades, mas estão atualmente suspensas.
Na verdade, o canguru não usa as patas dianteiras para lutar, mas apenas segura seu oponente, para estripá-lo com suas afiadas patas traseiros. Porém, no atletismo, o marsupial teria grandes chances no salto em altura, onde atinge 3 metros, e no salta em distância, em que crava 10 metros.