Relatório indica que, no futuro, espera-se que cerca de cinco satélites da empresa de Elon Musk caiam na Terra todos os dias
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Nos últimos dias, moradores da Califórnia, nos Estados Unidos, relataram ter visto o que pareciam ser meteoritos caindo do céu. O caso não geraria grande repercussão, uma vez que este é um fenômeno totalmente natural.
No entanto, um relatório divulgado pela EarthSky revelou que não tratam-se de rochas espaciais queimando na atmosfera. Na verdade, foram satélites Starlink caindo – cenário que deve se tornar cada vez mais comum.

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ToggleNúmero de quedas de satélites da Starlink deve aumentar nos próximos anos
O trabalho aponta que, atualmente, cerca de um a dois satélites Starlink caem na Terra todos os dias. Isso ocorre porque o ciclo de vida destes equipamentos costuma ser curto, de apenas cinco anos. Quando um dispositivo cai, rapidamente é substituído por outro. O relatório ainda indica que, no futuro, espera-se que cerca de cinco satélites da empresa de Elon Musk deixem de funcionar todos os dias.
No entanto, o problema pode ser agravado pela maior atividade solar. De acordo com a pesquisa, esse fenômeno tem abreviado o tempo médio de operação dos equipamentos. Em outras palavras, as quedas podem se tornar muito mais frequentes do que imaginamos.

Além disso, é importante destacar que a Starlink é apenas uma das empresas responsáveis pelo cenário. Atualmente, são mais 12 mil satélites orbitando a Terra, sendo metade deles de propriedade de Musk. Quanto mais dispositivos, maiores são as chances de colisões entre eles, o que aumentaria os detritos espaciais e produziria ainda mais choques. Isso é chamado de síndrome de Kessler.

Queda de satélites pode gerar riscos
- Por fim, o trabalho destaca que a maioria desses satélites cairá de volta à Terra sem causar nenhum problema.
- No entanto, alguns podem causar destruição e até mortes.
- Em 2023, a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos divulgou um relatório alertando sobre os riscos relacionados a queda destes equipamentos.
- Segundo o documento, até 2035, espera-se que, a cada dois anos, uma pessoa seja ferida ou morta por detritos espaciais.

Colaboração para o Olhar Digital
Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.
Pedro Spadoni é jornalista formado pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep). Já escreveu para sites, revistas e até um jornal. No Olhar Digital, escreve sobre (quase) tudo.
Fonte Original | Notícias – Olhar Digital