Pressionado por jornalistas, Biden reafirma que seguirá candidato a presidência dos EUA

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Pressionado por jornalistas, Biden reafirma que seguirá candidato a presidência dos EUA

Presidente Joe Biden concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira (11) (Foto: Facebook, Reprodução)

Em rara coletiva de imprensa que durou mais de uma hora nesta quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reafirmou que é a pessoa mais qualificada entre os democratas para ser presidente e que continuará com sua campanha presidencial. As informações são do g1.

A coletiva foi encarada como uma oportunidade decisiva para Biden tentar provar aos eleitores norte-americanos que é capaz de servir mais quatro anos após o chocante fracasso no debate contra Donald Trump.

Entretanto, Biden confundiu sua vice-presidente, Kamala Harris, com o adversário Donald Trump. Na segunda gafe do dia, ele se enrolou com as palavras e a chamou de “vice-presidente Trump”. Mais cedo, ele já havia chamado o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, de “presidente Putin”, durante um evento da Otan em Washington.

Perguntado insistentemente sobre a possibilidade de deixar a corrida, ele não deu sinais de que desistirá, falou na condição de candidato dizendo frases como “se eu for eleito”, e fez promessas de campanha dizendo que “precisa terminar o trabalho”. A fala aconteceu no contexto do encerramento da cúpula da Otan, em Washington, nesta quinta (11).

Pânico entre os democratas

O esforço da campanha do presidente busca abafar o pânico dentro do Partido Democrata enquanto sua capacidade e eficácia estão sob microscópio como nunca antes. Segundo analistas, o desempenho de Biden pode aumentar pressões para que ele desista da corrida ou acalmar os aliados.

Ao ser questionado sobre os relatos de que está reduzindo sua agenda para ir dormir mais cedo, Biden disse que “isso não é verdade”.

“O que eu disse foi que, em vez de começar todos os dias às 7h e ir para a cama à meia-noite, seria mais inteligente manter um ritmo melhor… é disso que estou falando. Minha agenda está lotada… e no próximo debate, não viajarei 50 fusos horários uma semana antes [como no debate]”, afirmou.

Biden também foi perguntado sobre possíveis novos exames cognitivos, e disse que é transparente com seus registros médicos, além de indicar que Trump não fez o mesmo. O presidente também disse que nenhuma autoridade médica pediu a ele um novo exame e “se me disserem que eu precise fazer outro exame cognitivo, eu o farei. Não sou oposto a fazer caso meus doutores o peçam”.

Além da parte cognitiva, Biden recebeu algumas perguntas sobre sua aptidão e capacidade física para ser presidente durante um possível novo mandato de quatro anos e se conseguiria negociar com líderes como o russo Vladimir Putin.

“Não há um líder mundial ao qual eu não esteja pronto para falar. Estou pronto para lidar com Putin agora e daqui a 3 anos”.

Sobre a gafe ao confundir Zelensky com Putin e um possível declínio mental, o presidente riu e desconversou: “você vê algum dano na minha condução da coletiva? Você vê uma coletiva de mais sucesso que esta?”.

O democrata recebeu mais de uma pergunta sobre a vice-presidente, Kamala Harris, durante a coletiva. Em uma delas, a repórter perguntou se “a Kamala estaria pronta para ser presidente a partir do primeiro dia de mandato”, e Biden reforçou que acredita em sua companheira de chapa.

“Estou determinado em concorrer”, e acrescentou que está determinado em tirar a impressão de que não estaria preparado para encarar a campanha sem roteiro prévio.

Sobre a Otan

Ainda sobre a Otan, o presidente dos EUA disse que seus colegas, líderes dos países-membros da aliança militar, lhe disseram: “você tem que vencer”, porque Trump seria um desastre.

Segundo o jornal “The New York Times”, a gafe de Biden ao chamar Zelensky de Putin não poderia ter ocorrido em um pior momento: os canais “ABC”, “CBS” e “NBC” incluíram o clipe em seus noticiários noturnos, que são os programas de notícias mais assistidos do país.

Apesar dos apelos de alguns membros do seu partido para se afastar, Biden vem insistindo que é o melhor democrata para derrotar Trump, cuja candidatura ele chamou de uma ameaça existencial à democracia.

Fonte Original | NSC Total