O avião que caiu neste domingo (23) sobre prédios de uma loja e uma pousada em Gramado (RS), na Serra gaúcha, não tinha caixa-preta. Os detalhes foram repassados pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) à Polícia Civil estadual. As informação são do jornal Estadão.
Segundo informação do delegado Gustavo Barcellos repassada à reportagem do Estadão, o modelo da aeronave era de pequeno porte e não era obrigado a ter caixa-preta, nome dado ao sistema de registro que grava as conversas dos pilotos e da tripulação. Com isso, os investigadores precisarão buscar outras fontes de informação para apontar quais podem ter sido as causas do acidente.
A queda do avião deixou 10 mortos, todos passageiros do avião. Outras 17 pessoas que estavam em terra ficaram feridas – duas delas em estado grave.
O avião pertencia ao empresário Luiz Claudio Galeazzi. Era ele quem pilotava a aeronave no momento da queda. Além dele, estavam a bordo a mulher dele, três filhas, a sofra, os cunhados e duas crianças. Todos morreram.
Veja fotos do acidente aéreo em Gramado

Aeronave caiu na manhã deste domingo (22) (Foto: Maurício Tonetto, Secom RS)

Avião de pequeno porte atingiu uma loja e parte de uma pousada (Foto: Maurício Tonetto, Secom RS)

Com a queda, todos os 10 ocupantes do avião morreram (Foto: Maurício Tonetto, Secom RS)

Além disso, 17 pessoas que estavam em solo ficaram feridas (Foto: Maurício Tonetto, Secom RS)

Fotos mostram destruição no local (Foto: Maurício Tonetto, Secom RS)

Destroços do avião ficaram espalhados pela região (Foto: Maurício Tonetto, Secom RS)

Até o começo da tarde deste domingo, ainda não era possível acessar o corpo do avião (Foto: Maurício Tonetto, Secom RS)

Perícia deve identificar causas da queda (Foto: Maurício Tonetto, Secom RS)
Segundo a regulamentação da aviação civil brasileira, aeronaves civis com mais de 10 lugares, com motores a turbina e fabricadas após 1991 precisam ter aparelhos gravadores de dados de voo – as chamadas caixas-pretas. No caso da aeronave que caiu neste domingo em Gramado, ela tinha nove lugares e foi fabricada em 1990, o que dispensaria a exigência de registradores de informações do voo.
O Cenipa informou que a existência ou não de caixa-preta não interfere na segurança da aeronave. Sem o recurso das gravações, os investigadores podem buscar outras fontes como o histórico médico do piloto e também o histórico de manutenção da aeronave para tentar apontar quais foram os fatores causadores da queda.